Mais uma loja fecha as portas no Centro de Simões Filho
O comércio varejista em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) não tem vivido o seu melhor momento. O fechamento de lojas cotidianamente no Centro da cidade demonstra a dificuldade que os pequenos e médios empresários estão enfrentando para manterem seus comércios funcionando.
Depois do Supermercado Central encerrar suas atividades com mais de 30 anos de atuação na cidade, agora foi a vez da loja de móveis e utensílios Casa Bella, que no último final de semana também fechou as portas.
O último ato da loja Casa Bella foi a queima de estoque durante a semana passada, que colocou em preços bem baixos móveis como: sofá, mesa, estante, guarda-roupa entre outros.
Os motivos que levaram a loja de móveis a fechar em Simões Filho não foram divulgados pelo dono do estabelecimento, mas não seria difícil imaginar as circunstâncias que estão obrigando os empresários locais a decretarem falência.
Ha quem diga que o estabelecimento comercial poderá reabrir a loja no mês de fevereiro.
Mais lojas fechadas – Rodízio
Nos últimos dois meses, pelo menos cinco lojas fecharam unidades em Simões Filho. Além do Central, que assim como a Casa Bella ficava localizado na Avenida Altamirando Araújo Ramos, a Livraria Inforcopy e a Ótica Show, ambas localizadas no Centro, também não resistiram ao fraco movimento de vendas.
O rodízio de lojas abrindo e fechando na cidade é grande. Cada vez que uma nova franquia anuncia sua instalação, a população comemora, mas logo em seguida é surpreendida pela notícia da quebra de um empreendimento mais antigo e assim segue o comércio local de mal a pior.
Diante das estatísticas, é cada vez mais comum deparar-se com placas de “aluga-se” ou “passa-se o ponto” nos principais centros comerciais do município. Aquele situado em frente a rótula que dá acesso ao colégio Irmã Dulce, por exemplo, está com diversos espaços disponíveis para futuros lojistas.
Fato é que, do jeito que as coisas andam, a cada dia diminuem as probabilidades de novos comerciantes se instalarem em Simões Filho, visto que o movimento não cresce, a concorrência é grande e os alugueis são caros.
De quem é a culpa
Há quem atribua a culpa do fechamento das lojas aos próprios comerciantes, que muitas vezes não conseguem expandir seus negócios e são obrigados a elevar os preços de suas mercadorias, perdendo público para a concorrência com o comércio atacadista.
Outros dizem que o problema é a crise econômica que assola o país desde 2015, quando a infração aumentou e o valor dos impostos sobrecarregaram as contas dos pequenos e microempresários.
Contudo, o fraco desempenho do que se refere ao desenvolvimento econômico de Simões Filho tem causado estranheza aos munícipes. A sensação que permeia a opinião pública é de que faltam mecanismos de apoio aos micro, pequenos e médios empresários, ou que as políticas públicas de incentivo ao comercio local ainda são ineficientes.
VEJA MAIS NOTÍCIAS DE SIMÕES FILHO