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Otimismo com economia cai depois de Bolsonaro assumir a PresidĂȘncia, diz Datafolha

Foto: AgĂȘncia Brasil

O otimismo do brasileiro com a economia e a sua prĂłpria situação voltou a cair, mostra pesquisa Datafolha. Depois de chegar a nĂ­veis recordes Ă s vĂ©speras da posse de Jair Bolsonaro (PSL), a porcentagem de pessoas que acreditam que a situação econĂŽmica brasileira vai melhorar nos prĂłximos meses caiu de 65%, em dezembro, para 50%. A parcela dos que prevĂȘ piora dobrou, de 9% para 18%.

FenÎmeno semelhante ocorre com a expectativa sobre a situação do próprio entrevistado. Os que confiam em melhora passaram de 67% para 59%, enquanto os que acham que haverå piora subiram de 6% para 11%. O Datafolha ouviu 2.086 brasileiros com 16 anos ou mais, em 130 municípios, nos dias 2 e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A anålise das séries históricas do Datafolha, que pesquisa expectativas em relação à economia do país desde dezembro de 1997 (durante o primeiro mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso), mostra que é comum uma alta no otimismo antes da posse de novos governos.

No entanto, não registra queda do otimismo em relação à economia brasileira após a posse dos presidentes Luiz Inåcio Lula da Silva, em 2003, e Dilma Rousseff, em 2011.Houve queda dessa expectativa após a posse nas reeleiçÔes, incluindo na de Fernando Henrique.

AlĂ©m de esperar piora na situação do paĂ­s e na sua prĂłpria, o brasileiro se mostra pessimista, logo no inĂ­cio da gestĂŁo Bolsonaro, com todos os trĂȘs itens econĂŽmicos pesquisados: desemprego, inflação e poder de compra. Quase metade (47%) dos brasileiros acredita que o desemprego vai aumentar, enquanto 29% tinham essa opiniĂŁo antes da posse de Bolsonaro. Entre os que creem em melhora, o movimento foi inverso: de 47% para 29%.

Enquanto em dezembro a confiança em uma queda da inflação havia triplicado, para 35% das pessoas, agora ela recuou para 22%. Jå os que esperam alta na inflação passaram de 27% para 45%. As expectativas em relação ao poder de compra dividem entrevistados, com um empate técnico: 34% acham que ele vai aumentar (contra 43% em dezembro), 33% acreditam em piora (contra 18% em dezembro) e 30% esperam estabilidade (eram 36% em dezembro).

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