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Assinada ordem de serviço para construção de estrada em Rio dos Macacos

Assinada ordem de serviço para construção de estrada em Rio dos Macacos
Assinada ordem de serviço para construção de estrada em Rio dos Macacos

Assinada ordem de serviço para construção de estrada em Rio dos Macacos

Foi assinada na quinta-feira, 5, a ordem de serviço para a construção de estrada de acesso ao quilombo Rio dos Macacos, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O acerto se deu em reunião entre a titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Fabya Reis, e o secretário estadual de Infraestrutura (Seinfra), Marcus Cavalcanti

Com o ato, a Seinfra encaminhará o processo à execução do serviço, contribuirá para uma série de outras iniciativas voltadas às famílias de Rio dos Macacos. Outros projetos também foram debatidos visando a melhoria das condições de vida e da infraestrutura de povos e comunidades tradicionais dos diversos territórios baianos.

A Sepromi ainda ratificou a atuação focada na Política Estadual de Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia.

Sobre o Quilombo Rio dos Macacos

O Quilombo Rio dos Macacos fica localizado em Simões Filho. É uma comunidade negra, rural, composta por cerca de quarenta famílias descendentes de escravos e cuja história remonta mais de um século de existência.

Em 1971, iniciou-se a construção da atual Base Naval de Aratu. Mas depois de certo tempo, começou uma luta política e judicial entre os quilombolas e a Marinha do Brasil, que tentou desapropriar os posseiros, os quais viveram durante muitos anos com uma série de restrições, como construir novas casas ou reformar as antigas, e até mesmo a agricultura local foi proibida e o acesso ao rio foi limitado.

Situação atual:

Uma das principais vitórias para a comunidade foi o reconhecimento da área, estipulada em 301 hectares. Destes, 104 foram destinados para a titulação de posse da comunidade, por meio da portaria 623 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em 18 de novembro de 2015, publicada no Diário Oficial da União. Consta no site do INCRA o processo aberto em 2011, sob nº 54160.003162/2011-57 (atualizado em: 26/09/2016 e consultado em 15/11/2016). Segundo o processo, a área de 301,3695 hectares foi identificada e reconhecida como área quilombola, mas apenas 104,0806 foram regularizados, totalizando cerca de 67 famílias atendidas.

Mesmo com a regularização de uma parcela da área, o conflito entre a Marinha e a Comunidade se mantém acirrado, apenas pouco mais de um terço do total das terras foi destinado à comunidade, inclusive deixando-a sem acesso ao rio, importante fonte de renda e trabalho.

De acordo com uma das lideranças da comunidade, Rosimeire Messias: “Esse reconhecimento é importante, mas há uma preocupação, pois a área que ficou com a gente não tem acesso à água. Além disso, precisamos da construção de duas vias de acesso que foram prometidas pelo Ministério da Defesa desde agosto de 2014″

Com a assinatura da ordem de serviço espera-se que finalmente a estrada seja construída para que a comunidade quilombola possa circular pela localidade.

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*Com Informações da Biblioteca Virtual Consulo Pondé

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