Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última quinta-feira (25/07), apontam que maio e junho Simões Filho teve saldo negativo na geração de empregos e que o desemprego aumentou de janeiro a junho deste ano. O balanço é do Ministério da Economia.
Em Simões Filho, segundo o Caged, o mês de junho registrou 650 admissões diante de 699 desligamentos, um resultado negativo de -49. Já no mês de maio, a queda foi ainda maior, foram 818 contratações e 979 demissões, gerando um saldo negativo de -161.
Para o resultado negativo de maio e junho, contribuiu principalmente o setor industrial, com 361 admissões e 531 demissões (saldo negativo de -170).
Os dados divulgados pelo Ministério da Economia também revelam que em 2019, o desemprego vem aumentando em Simões Filho, colocando o município como a cidade da região metropolitana que mais perdeu postos de trabalho este ano. No acumulado do ano até agora o saldo de geração de empregos na cidade foi negativo em -293, sendo 5.247 novos postos de trabalho frente a 5.540 desligamentos de janeiro a junho.
O destaque fica para Salvador, Camaçari, Mata de São João, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Candeias, Dias Dávila e Lauro de Freitas que estão com saldo positivo no acumulado do ano, segundo o Caged.
Mais demissões em Simões Filho
No inicio deste mês por exemplo, a empresa norte-americana Latapack-Ball fechou as portas e demitiu mais de 250 funcionários em Simões Filho. Por meio de nota, a Latapack-Ball informou que “decidiu descontinuar as atividades em sua unidade de tampas”. Na ocasião, a empresa disse que a decisão foi tomada “em virtude de reorganização operacional necessária na região“. Essas demissões devem trazer um impacto negativo nos dados do Caged do mês de julho, que deve ser divulgado no final de agosto.
Reação
Esperasse uma recuperação da cidade de Simões Filho no relatório do mês de agosto, que será divulgado em setembro, tendo em vista que o grupo Atakarejo vai inaugurar um novo Centro Distribuição no Centro Industrial de Aratu, gerando mais de 300 vagas de empregos diretos.
Brasil está reagindo
O Caged apontou que o Brasil criou 408 mil vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. O resultado é o melhor para o período desde 2014, ou seja, em cinco anos. No mesmo período do ano passado, por exemplo, foram abertas 392.461 vagas formais. O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. Nos seis primeiros meses deste ano, o país registrou 8.221.237 contratações e 7.812.737 demissões. O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, disse que os números apontam para uma tendência de que 2019 será melhor que 2018.
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