Câmara aprova medidas para enfrentamento ao novo coronavĂrus
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Em uma sessĂŁo marcada pela inĂ©dita atuação virtual de parlamentares no plenário, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (25/3), uma proposta que estabelece a distribuição dos alimentos da merenda escolar Ă s famĂlias dos estudantes da rede pĂşblica que foram dispensados das aulas como medida de enfrentamento Ă epidemia do novo coronavĂrus. A matĂ©ria, aprovada em votação simbĂłlica, segue para apreciação do Senado.
O texto aprovado prevĂŞ que o recurso do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) continuará a ser repassado pela UniĂŁo a estados e municĂpios para a compra de merenda escolar, que beneficia principalmente as crianças mais pobres das escolas pĂşblicas. O texto aprovado incluiu outra proposta com o mesmo conteĂşdo, da deputada Dorinha (DEM-TO).
Para a parlamentar, a medida é necessária e extraordinária após a suspensão das aulas, o que tem impedido o acesso dos alunos mais pobres à merenda escolar. A deputada ressaltou ainda que, em muitos casos, a alimentação na escola é essencial para subsistência dessas crianças.
“A suspensão das aulas nas escolas públicas de educação básica tem impedido o acesso dos alunos mais pobres a um programa suplementar de assistência estudantil fundamental: o da alimentação escolar. Para uma imensa parcela do alunado brasileiro, a merenda escolar é essencial para sua subsistência”, argumentou a deputada Dorinha.
A parlamentar ressaltou ainda que essa alimentação, já adquirida pelas redes escolares, nĂŁo virá a perder validade, “evitando-se assim um infrutĂfero desperdĂcio de recursos pĂşblicos”.
Telemedicina
TambĂ©m em votação simbĂłlica, os deputados aprovaram a proposta que permite o uso de telemedicina, em caráter emergencial, tambĂ©m enquanto durar a crise provocada pela pandemia de coronavĂrus. A matĂ©ria segue para o Senado. Atualmente, a atividade online pode ser praticada apĂłs liberação do Conselho Federal de Medicina.
Pelo texto de autoria da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), poderá ser autoriza a telemedicina para quaisquer atividades da área da saúde. O uso de tecnologias de informação e de comunicação, como videoconferências, poderá ser destinado à oferta de serviços ligados à saúde. A deputada participou da sessão virtualmente.
A proposta aprovada prevê que o médico deve informar ao paciente todas as limitações da telemedicina e também determina que o paciente pague pelas consultas particulares. O poder público se responsabilizará pelo custeio de atividades realizadas exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Da AgĂŞncia Brasil