Mamífero pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do coronavírus
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Os pangolins, mamíferos que são traficados ilegalmente na Àsia e Àfrica e muito comum nos mercados de rua da China estão sendo apontados como o elo que possivelmente permitiu a transmissão do novo coronavírus 2019-nCoV se espalhasse de morcego para os seres humanos, resultando na morte de 908 segundo a divulgação desta segunda-feira (10), pela Comissão nacional de Saúde da China.
Segundo pesquisadores da Universidade Agrícola do Sul da China (SCAU, na sigla em inglês) em Guangzhou, província de Guangdong, os vírus encontrados nos mamíferos são 99% idênticos aos de pacientes com coronavírus.
“As sequências genômicas do novo tipo de coronavírus isolado dos pangolins foram 99% idênticas às das pessoas infectadas, indicando que os pangolins podem ser um hospedeiro intermediário do vírus”, informou a instituição em comunicado divulgado na última sexta-feira (07/02/2020) pela agência de notícias Xinhua.
Segundo os especialistas, o novo vírus surgiu em um mercado de animais vivos na cidade de Wuhan, no centro da China, no fim do ano passado. A origem seria em morcegos, mas os pesquisadores sugeriram grande possibilidade de haver um “hospedeiro intermediário” na transmissão da doença para as pessoas.
Eles testaram mais de mil amostras de animais selvagens e descobriram que as sequências de genoma dos vírus eram semelhantes nos dois tipos de mamíferos.
Segundo Liu Yahong, presidente da universidade, o estudo ajudará na prevenção e no controle da epidemia, além de oferecer referência científica para políticas sobre animais selvagens.