Tudo sobre INSS e Auxílio Brasil

Ômicron é identificada em cinco continentes e representa um “risco muito elevado”, segundo a OMS

Ômicron: variante é identificada em cinco continentes e representa um "risco muito elevado", segundo a OMS
Ômicron: variante é identificada em cinco continentes e representa um “risco muito elevado”, segundo a OMS

Ômicron: variante é identificada em cinco continentes e representa um “risco muito elevado”, segundo a OMS

Descoberta na África do Sul, a nova variante do coronavírus apresenta 50 mutações, já chegou aos cinco continentes e representa um “risco muito elevado” para o planeta segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A nova variante ômicron já foi identificada na Holanda onde 13 passageiros procedentes da África do Sul que deram positivo para a covid-19 ao chegarem em Amsterdã. Também já houve um caso confirmados em Israel, Dinamarca, Austrália, Botsuana, Hong Kong, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Itália, República Tcheca e Portugal também confirmaram casos positivos de infectados com a nova variante. O Brasil ainda não identificou casos relacionados a ômicron.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem muitas incógnitas sobre esta variante, especialmente sobre o perigo real que representa.

As incógnitas sobre a variante são numerosas, adverte, no entanto, a OMS: o nível de contágio, e se esta é inerente às mutações constatadas ou ao fato de a variante escapar da resposta imune; o nível de proteção das vacinas anticovid existentes e a gravidade da doença, ou seja, se a variante causa sintomas mais graves.

“Até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico, que também apresenta conselhos às autoridades para tentar frear seu avanço.

“Dadas as mutações que poderiam conferir a capacidade de escapar de uma resposta imune, e dar-lhe uma vantagem em termos de transmissibilidade, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada”, afirma a organização, enquanto aumenta a lista de países onde a variante foi detectada, após os primeiros casos no sul da África em novembro.

“Em função das características podem existir futuros picos de covid-19, que poderiam ter consequências severas”, acrescenta a OMS, que na sexta-feira classificou a ômicron como variante de “preocupação”.

Gravidade

Os primeiros relatos dos médicos da África do Sul indicam que o vírus se espalha rapidamente, mas sem grande número de casos graves. “Essa observação na África do Sul ainda é empírica, mas corrobora a hipótese de atenuação do vírus e aumento da transmissibilidade”, afirma o coordenador da UFRJ.

“No Brasil, ainda não tivemos acesso à variante Ômicron para estudá-la”, diz o professor Amilcar Tanuri, coordenador do Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Assim que ela for detectada no País, a primeira coisa a ser feita é isolar o vírus e colocar em contato com o soro de pacientes vacinados aqui no Brasil e também infectados com a variante Delta”, afirma o virologista em entrevista ao Jornal Estadão.

Dessa forma, será possível saber se ter superado outros coronavírus confere alguma imunidade (proteção cruzada) contra a Ômicron. A segunda pergunta que precisará ser respondida é como a nova variante vai se comportar. Ou seja: se ela vai substituir a Delta no Brasil, como parece estar fazendo na África. Como o vírus consegue ser transmitido com uma velocidade maior que o concorrente, ele vence a disputa. O anterior continua circulando, mas em menor proporção. Vale lembrar que a Delta acabou não causando um aumento de casos no Brasil – conforme muitos especialistas, por causa de uma combinação de vacinação e medidas sanitárias.

Persistência

Segundo Tanuri, vários grupos publicaram o sequenciamento de vírus encontrados em pessoas que tiveram infecção persistente ou prolongada com as variantes anteriores. Em um estudo realizado na UFRJ com duas dezenas desses pacientes, os pesquisadores observaram que o acúmulo de mutações na proteína spike é proporcional ao tempo em que o vírus permanece no indivíduo.

Para o epidemiologia Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), os relatos dos médicos da África do Sul podem ser um sinal de que o coronavírus está evoluindo como muitos outros vírus que são muito agressivos no início, mas se tornam atenuados com o tempo. “Pode ser que isso esteja acontecendo, o que seria uma boa notícia, mas ainda é cedo para saber”, afirma epidemiologista.

Futuro

O especialista considera que o País precisa ampliar seu sistema de monitoramento de variantes. “Temos de aumentar a capacidade. Ainda sequenciamos pouco. A variante pode já estar aqui e ainda não ter sido descoberta”, afirma o coordenador do comitê científico do Instituto Todos Pela Saúde.

>>Brasileiro testa positivo para covid-19 ao chegar da África

*Com algumas informações do Estadão

Comentários estão fechados.