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Pobreza é maior entre mulheres negras que são mães solteiras na Bahia

(Foto: Romulo Faro)

Incidência de pobreza é maior entre mulheres negras que são mães solteiras: na Bahia, 75,1% delas são consideradas pobres frente a 63,0% no Brasil

Um estudo inédito divulgado nesta quarta-feira (13/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice de pobreza na Bahia entre pretos ou pardos é maior do que entre brancos. Isso significa que essas pessoas vivem com menos de R$ 413 por mês.

De acordo com o IBGE, na Bahia, a pobreza é mais frequente na população preta ou parda do que na média e entre as pessoas brancas. Mas ela atinge seu mais alto patamar num grupo específico de pretos ou pardos: mulheres que vivem sem a presença de cônjuge e com filhos menores de 14 anos de idade, ou seja, mães solteiras negras.

Em 2018, no estado, quase 8 em cada 10 pessoas que viviam nesse tipo de arranjo familiar estavam abaixo da linha de pobreza, ou seja, 75,1% das mães solteiras pretas ou pardas e seus filhos tinham menos de R$ 413 por mês, o que significava 682 mil pessoas nessa condição.

Esse grupo representava 1 em cada 10 pobres na Bahia (10,8%), enquanto era 6,1% da população em geral, mostrando uma sobre representação abaixo da linha de pobreza de mais 4,6 pontos percentuais, bem acima da verificada para a média dos pretos ou pardos (+ 1,6 ponto percentual).

E a vulnerabilidade dessas famílias à pobreza era maior na Bahia que no país como um todo. No Brasil, embora as mães solteiras pretas ou pardas também apresentassem em 2018 a maior incidência de pobreza, o percentual era mais baixo que o baiano (63,0%).

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