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Simões Filho: Infestação de caramujos preocupa moradores de diversos bairros; saiba o que fazer

Uma infestação de caramujos africanos está preocupando moradores de diversos bairros em Simões Filho. No bairro Eucalipto, por exemplo, os moradores afirmam que não sabem mais o que fazer para conter a praga. Segundo a moradora Cinthia Baião, de 36 anos, quando chove a situação piora na comunidade. “São mais de 100 que tiramos todos os dias de chuva, além disso há muitos ratos e outros bichos”, relata.

De acordo com especialistas, o caramujo africano foi introduzido no Brasil ainda na década de 1980 para ser utilizado como substituto do escargot, mas a espécie não foi tão bem aceita e se espalhou pela natureza.

Atualmente, o caramujo é considerado uma praga agrícola e urbana. O caramujo pode transmitir verminoses e se tornar um problema de saúde pública se não for eliminado. Ele é hospedeiro intermediário da meningite eosinofílica, causada por um verme que passa pelo sistema nervoso e se aloja nos pulmões, e da angiostrangilíase abdominal, verminose que pode se tornar grave e levar ao óbito se o verme, que se aloja no intestino, causar a perfuração do órgão.

Como descartar o molusco

É preciso atentar para a eliminação correta do caramujo, evitando o contato com o molusco, que vive na concha, sem proteção nas mãos. A gosma liberada por ele pode transmitir as verminoses.

A população deve tomar cuidados básicos como só manuseá-lo com luvas ou vestindo sacos plásticos nas mãos. A opção mais higiênica é recolher os moluscos pelas conchas, colocar em uma lata, balde ou bacia contendo solução de água sanitária ou cloro. A quantidade certa é de um litro de água sanitária ou cloro para três litros de água.

Outra solução é amassar os caramujos africanos e enterrá-los ou descartar no próprio lixo. Mas, nesse caso, a pessoa tem que ter o cuidado de proteger os olhos, boca e nariz ao amassar o caramujo, para não espirrar gosma. Por isso, o ideal é usar uma sacola.

É comum encontrar pessoas que usam sal para matá-los, mas o método é demorado e gasta muito sal, além de prejudicar o solo. Também não é indicado atear fogo, pois além de o caramujo demorar para morrer é uma atitude que causa riscos, além da ação ser condenada por órgãos ambientais. Também é preciso eliminar os ovos, que são encontrados a cerca de um centímetro da superfície da terra.

Segundo o veterinário, os ovos são parecidos com sementes de quiabo, com a mesma coloração e tamanho, e podem ser eliminados com a solução de água sanitária, da mesma forma que os moluscos adultos.

Cuidados com os alimentos

O caramujo não deve ser ingerido de forma alguma e, caso ele seja encontrado onde há plantações, deve-se verificar se as verduras não tiveram contato com a secreção do mesmo. É possível adquirir as verminoses por meio da ingestão ou do alimento por onde ele passou. Por isso, é essencial lavar verduras que ficam expostas e que podem ter sido tocadas pelo molusco.

Se a folha ou alimento estiverem mordidos, é preciso descartá-los. Já para fazer a higiene correta, deve-se deixar o alimento mergulhado em um recipiente com uma colher de chá de água sanitária ou cloro em um litro d’água por, pelo menos, meia hora.

Como evitar o aparecimento de caramujos

Para evitar o surgimento do caramujo africano é essencial manter terrenos e ruas capinados. O surgimento do molusco é comum em épocas de chuva, se escondendo embaixo de madeira e papelão, por exemplo. Por isso, o surgimento passa pelo manejo correto do lixo. Quando em local indevido ou em grandes quantidades, o entulho vira alimento para os eles.

No caso de terrenos com muito lixo, retirar os moluscos pode ser um paliativo momentâneo. Se a pessoa não recolher o lixo com frequência, deixar o mato alto e continuar mantendo lixo naquele local, os caramujos vão surgir novamente. Em caso de dúvidas, o setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde deve ser acionado.

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