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STF marca nova data para julgamento da revisão do FGTS

STF marca nova data para julgamento da revisão do FGTS
STF marca nova data para julgamento da revisão do FGTS

STF marca nova data para julgamento da revisão do FGTS.

Depois de adiar o julgamento da correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que estava previsto para o dia 12 deste mês, o STF (Supremo Tribunal Federal) marcou para 6 de maio a sessão que pode definir a revisão e beneficiar milhões de pessoas em todo país.

Os ministros da Corte vão decidir se o Fundo de Garantia dos trabalhadores deve ter correção pela inflação ou se será mantida a regra vigente no país atualmente, que garante a atualização dos valores pela TR (Taxa Referencial) mais 3% ao ano.

Definida em 1991, a aplicação da TR para corrigir o fundo tem trazido prejuízos a quem trabalha com carteira assinada. Isso porque, em geral, o índice tem ficado zerado, o que faz com que os trabalhadores, na prática, tenham apenas os 3% de correção ao ano, com períodos de perda para a inflação, especialmente em épocas de alta de preços no país.

Para onde vai o dinheiro do FGTS

A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi proposta em 2014 pelo partido Solidariedade. Para ingressar com o pedido, a sigla tomou por base decisão do Supremo que garantiu correção da inflação nos precatórios dos governos. Os ministros consideraram que a TR é insuficiente neste caso.

O tema tramita em regime de urgência, mas, até agora, não há uma decisão final. O que for definido na ação valerá para todos os processos do tipo no país. A marcação da data de julgamento, porém, não traz certeza de que o caso chegará ao final. Isso porque pode ocorrer novo adiamento ou pedido de vistas por parte de algum ministro que queira estudar o tema com mais profundidade.

Decisão | Para o ano que vem

  • O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou para o ano que vem o julgamento da correção maior da grana do FGTS
  • A sessão para definir se deve ser aplicada a inflação para corrigir a grana ou se a TR (Taxa Referencial) é suficiente ficou para 6 de maio de 2020

Entenda o que está sendo definido

  • Atualmente, a grana dos trabalhadores no FGTS é corrigida pela TR (Taxa Referencial) mais juros de 3% ao ano
  • Como a TR está zerada, houve muitos períodos em que a atualização do fundo perdeu para a inflação, principalmente quando o índice de preços estava alto
  • Em 2013, o STF (Supremo Tribunal Federal) considerou que a TR é insuficiente para corrigir os precatórios
  • Com isso, advogados estavam conseguindo decisões favoráveis à correção maior do FGTS, mas todas na primeira instância

No Supremo

  • O caso chegou ao STF em 2014
  • Mesmo com definição de que a ação teria rito acelerado, ainda não saiu uma decisão

Não é garantia de que haverá decisão

  • A marcação de uma sessão para julgar determinado tema não é garantia de que haverá uma decisão final sobre ele
  • O julgamento pode ser adiado, como já ocorreu neste ano, por exemplo, com a questão do FGTS, pautada para 12 de dezembro e que não foi ao plenário
  • Além disso, algum ministro pode pedir vistas, o que faz com que o assunto fique parado até que esse ministro estude o tema

Outros julgamentos importantes em 2020

1 – Nova troca de aposentadoria
Marcada para 6 de fevereiro, a decisão é se o trabalhador tem direito de se reaposentar, ou seja, desistir do primeiro benefício e pedir outro, mais vantajoso

2 – Reforma da Previdência de 2003
Em 15 de abril, o Supremo pode decidir se é válida a contribuição previdenciária de servidores aposentados e inativos, da reforma de 2003, do governo Lula

3 – Planos de saúde
No dia 13 de maio, o Supremo deve julgar se o reajuste definidos pelo plano por faixa etária a partir dos 60 anos é abusivo; as operadoras têm aplicado altos índices

Reforma trabalhista
No dia 14 de maio, a reforma trabalhista do governo Temer será julgada; dentre os casos está o trabalho intermitente, que não tem jornada fixa

Fontes: STF (Supremo Tribunal Federal) e reportagem da Folha UOL

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