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CPI da Covid apresenta relatório final nesta quarta-feira
O relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), fará a leitura de seu parecer final nesta quarta-feira, 20. A votação do documento, porém, deve ser feita apenas em sessão na próxima terça-feira 26.
O relatório da CPI da Covid prevê 69 pedidos de indiciamentos. Entre os nomes, estão o presidente Jair Bolsonaro, Ministros como o da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário; o do Trabalho, Onyx Lorenzoni; e da Defesa, Walter Braga Netto, também serão acusados. Os ex-ministros da Saúde Eduardo Pazuello e de Relações Exteriores Ernesto Araújo integram a lista.
O vazamento de versões do relatório nos últimos dias provocou uma crise entre integrantes do grupo majoritário da comissão, o chamado G7. Uma reunião na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi realizada na noite de terça para pacificar divergências e definir a versão final do relatório.
Depois do encontro, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o grupo decidiu retirar do texto as tipificações de crime de genocídio de indígenas e de homicídio atribuídas a Bolsonaro. O governante, porém, deve ser indiciado por crime contra a humanidade, crime de responsabilidade, charlatanismo, entre outros. Filhos do mandatário e ministros do governo também estarão entre os alvos do relatório.
Em quase seis meses de trabalho, a CPI da Covid colheu mais de 50 depoimentos, quebrou 251 sigilos, analisou 9,4 terabytes de documentos e fez mais de 60 reuniões, marcadas por intensos embates. Após a conclusão dos trabalhos, a comissão se transformará em uma frente parlamentar formal. O grupo será formado por senadores, mas deverá contar com a colaboração de organizações da sociedade civil com o objetivo de fiscalizar e acompanhar os desdobramentos das investigações.