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Casos suspeitos de microcefalia ligada ao zika vírus sobem para 19 em Simões Filho

Marlon Costa/FuturaPress

No estado da Bahia, desde outubro de 2015 até o dia 4 de janeiro de 2016, foram notificados 366 casos suspeitos de microcefalia, com perímetro cefálico menor ou igual a 32 centímetros. Os casos ocorreram em 71 municípios, sendo Salvador o que apresentou o maior número, com 214 casos. Do total de casos notificados de microcefalia, 103 mães referiram ter tido doença exantemática na gestação. Simões Filho, cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), já regitrou 19 casos suspeitos; sendo 12 confirmados, segundo a Vigilância Sanitária, até o dia 28/12.

Dentre os 366 casos, foram notificados dez óbitos nos municípios de Salvador (2), Itapetinga (1), Olindina (1), Tanhaçu (1), Camaçari (1), Itabuna (1), Campo Formoso (1), Alagoinhas (1) e Crisópolis (1). Todos os casos estão em investigação. Veja outras noticias de Simões Filho

Ações

Diversas ações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico estão em curso pelo Governo do Estado para combater o Aedes aegypti. Dentre elas, destaque para o teste rápido para dengue e chikungunya, o caça mosquito, mosquito transgênico, bacillus thuringiensis israelensis, wolbachia e repelente com nanotecnologia.

Entenda o que é a microcefalia

Microcefalia é uma condição rara, uma doença neurológica que o bebê nasce com o crânio de tamanho menor do que o normal, devido a uma falha no crescimento do cérebro. Ao longo da infância a cabeça da criança continua a crescer de forma anormal. Dessa maneira, o rosto desenvolve-se normalmente enquanto o crânio não, a criança acaba ficando com o rosto maior em relação à cabeça, além de testa em retrocesso e couro cabeludo mole e enrugado.

A doença não pode ser revertida com tratamentos ou medicamentos, apenas aprimorar o crescimento com o acompanhamento de profissionais como fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

As causas da microcefalia. Zika vírus é a principal hipótese pelo crescimento de casos no Nordeste.

A doença é causada na maioria dos casos devido à infecções adquiridas pela mãe durante principalmente os primeiros três meses de gravidez, que é quando o cérebro do bebê está em desenvolvimento. As causas mais comuns que ocasionam a condição rara são toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus.

O uso materno de drogas também é algo que contribui para a possibilidade da doença. Assim como desnutrição ou diabetes materna. A condição também pode ser causada devido a uma incapacidade hereditária no processo de aminoácido fenilalanina, a chamada fenilcetonúria.

Zika Virus

 

Há ainda a suspeita levantada de uma causa inédita que explicaria a grande quantidade de casos, a da contaminação pelo zika vírus, que pertence à família de vírus da dengue e da febre amarela e foi identificado no Brasil pela primeira vez esse ano. Até então, segundo o Ministério da Saúde, esta é a principal hipótese que explicaria o aumento da ocorrência de microcefalia no Nordeste. É a primeira vez no mundo que o vírus zika é relacionado à microcefalia, e preocupa mais ainda devido ao vírus não ter manifestações clínicas em 80% dos casos.

Cuidados e recomendações

O indicado é que a gestante tenha um bom acompanhamento pré-natal visando diminuir o risco da doença, e principalmente buscar um médico ao sentir quaisquer sintomas característicos de uma infecção.

O Ministério da Saúde ainda recomenda que as grávidas não utilizem medicamentos não prescritos por médicos qualificados, e que fiquem atentas a qualquer alteração incomum durante a gravidez, e façam todos os exames previstos.

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