Governo inclui academias e salões em atividades essenciais na pandemia

Um decreto para incluir academias de ginástica, cabeleireiros, barbearias e salões de beleza como atividades essenciais durante a pandemia do novo coronavĂrus foi publicado hoje (11) em edição extra do Diário Oficial da UniĂŁo. Pelo dispositivo, essas atividades passam a ser consideradas essenciais, desde que obedecidas determinações sanitárias do MinistĂ©rio da SaĂşde.
“SaĂşde Ă© vida. Academias, salões de beleza e cabeleireiro, higiene Ă© vida. Essas trĂŞs categorias juntas Ă© mais de um milhĂŁo de empregos”, afirmou o presidente a jornalistas na portaria do Palácio do Alvorada. Na maior parte do paĂs, essas atividades estĂŁo com restrição de funcionamento decretadas por governos estaduais e prefeituras.
O decreto presidencial pode dar respaldo jurĂdico para a reabertura desses estabelecimentos, mas, segundo decisĂŁo do Supremo Tribunal Federal (STF), tomada em abril, estados e municĂpios podem adotar as medidas que acharem necessárias para combater o novo coronavĂrus, como isolamento social, fechamento do comĂ©rcio e outras restrições, sem aval do governo federal.
Nas Ăşltimas semanas, decretos ampliaram o rol de atividades consideradas essenciais durante a pandemia. A mais recente flexibilização foi para o setor da construção civil e segmentos de fornecimento de combustĂveis.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o ministro da saúde, Nelson Teich, afirmou que a pasta não participou da decisão de incluir academias, salões de beleza e barbearias como atividades essenciais.
Congelamento de salários
Durante a entrevista concedida na entrada do Palácio do Alvorada, residĂŞncia oficial, Bolsonaro afirmou que deve decidir, atĂ© quarta-feira (13), sobre os vetos ao projeto de lei (PL) que garante auxĂlio financeiro para auxiliar os estados, o Distrito Federal e os municĂpios no combate ao novo coronavĂrus. A medida foi aprovada na semana passada, pelo Congresso Nacional, e prevĂŞ um socorro financeiro de R$ 125 bilhões. Os estados e municĂpios, em contrapartida, deverĂŁo tomar medidas de controle de gastos, como suspender o reajuste de salários dos seus servidores atĂ© o final do ano que vem. No entanto, uma sĂ©rie de categorias, como profissionais de saĂşde, de segurança pĂşblica e das Forças Armadas, foram excluĂdas do congelamento salarial.O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que essas exceções sejam vetadas do texto aprovado.
“A Economia está trabalhando na questĂŁo dos vetos, vamos atender 100% o Paulo Guedes. Teve alguns pedidos que nĂŁo foram aceitos, houve pedido de tempo, de alguns governadores, para passar para quarta-feira a sanção do projeto. Vamos talvez decidir na quarta-feira”, afirmou o presidente. Segundo ele, a crise econĂ´mica causada pelo novo coronavĂrus pode gerar um processo de deflação, com queda geral nos preços, o que poderia amenizar o congelamento de salário para funcionários pĂşblicos.