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Após 5h de espera, paciente sai do Hospital de Simões Filho sem atendimento por falta de médico clínico; mãe teme que o pior aconteça

Voltou para casa sem atendimento

Depois de quase cinco horas aguardando com uma fita verde no braço, uma paciente voltou para casa sem atendimento no Hospital Municipal de Simões Filho. De acordo com a munícipe, não havia médico clínico na unidade de saúde no período em que ela estava aguardando.

O caso aconteceu na manhã desta nesta sexta-feira (28/12). Segundo a dona de casa Geovana Francisca da Silva, de 41 anos, a mesma permaneceu das 08h às 13h na recepção do Hospital Municipal (HMSF) aguardando por atendimento, mas foi informada que somente os médicos obstetra e ortopedista estavam presentes na unidade de saúde.

Mesmo após ter passado pela triagem e ser diagnosticada com 40ºC (graus) de febre e fortes dores nas costas, a paciente continuou sem atendimento, até desistir e resolver voltar para casa por conta própria, na companhia da mãe.

MAIS DESCASO

Em contato com o SIMÕES FILHO ONLINE, a mãe da paciente, a idosa Eliete Francisca do Nascimento, de 65 anos, informou que está medicando sua filha em casa mesmo, já que não encontrou alternativa.

Segundo ela, quando Geovana chegou em casa, elas ainda correram no posto de saúde de Simões Filho 1, onde a família reside, mas o médico afirmou que estava de saída e que era para a mãe levar sua filha para a Unidade de Pronto atendimento (UPA), no Cia.

“Ela não foi atendida, chegou em casa se acabando. Agora eu sem dinheiro, sem nada e mandaram eu levar ela para a UPA. Nem uma ambulância tem. Fui levar ela aqui no postinho e o médico falou que estava saindo, que era para levar ela para a UPA. Foi isso que ele me respondeu”, comentou dona Eliete.

Eliete revelou que além de não ter condições financeiras de deslocar sua filha para a UPA, ela ainda carrega o receio de chegar na unidade e não encontrar os medicamentos necessários para o tratamento de Geovana, o que tem acontecido com frequência no município.

“O Hospital de Simões Filho é emergência, agora eu vou levar ela para a UPA uma hora dessas para fazer o que? Para ficar até amanhã de manhã sem medicação? É para morrer não é? […] Isso é uma vergonha, cadê o prefeito de Simões Filho?”, indagou ela

Abalada com a situação e sem poder tomar qualquer atitude, a idosa declarou que teme pelo pior, mas se sente impotente diante de tamanho descaso da gestão municipal com a saúde pública da cidade.

“Minha filha está aqui deitada, toda enrolada. Eu comprei uma caixa de Buscopan e dei um comprimido a ela. Ela está cheia de dor aqui deitada no sofá e eu sem poder fazer nada. Quando ela for a óbito, aí nesse instante vai aparecer médico para dar o atestado de óbito e botar qualquer SID, porque eles sabem que estão errados. O advogado dos médicos sabe quem é? É o coveiro”, concluiu a idosa.

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