Covid-19: Ministério da Saúde abre consulta pública sobre vacinação de crianças
O Ministério da Saúde abriu hoje (23) consulta pública que coletará manifestações da sociedade civil sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças com idade de 5 a 11 anos. A vacina da Pfizer para essa faixa etária foi autorizada recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A consulta pública fica aberta até o dia 2 de janeiro de 2022.
As contribuições devem ser enviadas por meio do endereço eletrônico https://www.gov.br/saude/pt-br. No site do Ministério da Saúde estão disponíveis os documentos sobre a consulta pública, conforme o Diário Oficial dessa quarta-feira.
No último dia 18, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a decisão do governo sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência e consulta públicas. Em conversa com jornalistas, Queiroga disse que a autorização da Anvisa não é decisão suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.
“A introdução desse produto dentro de uma política pública requer uma análise mais aprofundada. E, no caso de imunizantes, a análise técnica é feita com o apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunizações”, disse Queiroga.di
O que diz os especialistas sobre o assunto
A neurocientista Mellanie Fontes-Dutra, que também faz parte da coordenação da Rede Análise Covid-19, lembra que o Brasil é o segundo país que registrou mais mortes de crianças em decorrência da doença causada pelo novo coronavírus. De março do ano passado até agora, foram 1.138 óbitos registrados na faixa etária de zero a nove anos.
Ressalta-se que as sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm), Pediatria (SBP) e Infectologia (SBI) decidiram tornar públicos os pareceres enviados à Anvisa em que defendem a vacinação das crianças de 5 a 11 anos.
Negacionismo
É importante lembrar que , o presidente Jair Bolsonaro vem travando um cabo de guerra contra a imunização das crianças. Ele chegou a dizer que divulgaria os nomes dos técnicos da agência responsáveis por essa autorização. Diante disso, o servidores da Anvisa passaram a receber e-mails com ataques e ameaças.
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