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Futuro do CIA é incerto – situação é preocupante

Na Via de Penetração I, dois novos empreendimentos de médio porte estão sendo implantados. Mas nessa mesma área, o abandono de instalações ou mesmo fábricas que fecharam as portas, aliados ao matagal que toma conta das vias. Da mesma forma que tem surgido novos empreendimentos, alguns outros mudam de dono, como é o caso da antiga Forja Nordeste, na Via Ipitanga, que virou Engepack, indústria de embalagens plásticas, outras que estão ainda na fase da aquisição de terrenos, como a Indeba, indústria de detergentes.

Interesses para novos empreendimentos há, e muitos empresários do próprio estado ou do Centro Sul do País têm procurado a Associação das Empresas do Centro Industrial de Aratu (Procia) em busca de informações para se instalarem na área nos últimos anos. Mas diante do quadro de abandono, da falta de infra estrutura e segurança com que se deparam, desistem do investimento e migram para outros estados.

Preocupante
Para o presidente da Procia, Marconi Andraos, a situação é preocupante na medida em que a área do complexo industrial pertence ao estado, conforme o estatuto da sua criação e os empresários têm responsabilidade apenas na área onde estão instaladas as suas empresas. “Nós pagamos os impostos e temos esses espaços em regime de concessão para atividades industriais em zoneamento que são definidas no próprio Plano Diretor”, argumentou.

Ele critica a forma como o processo vem sendo mantido, uma vez que na sua avaliação, há um distanciamento entre o que o Plano Diretor do CIA foi elaborado, da época da sua implantação, e o que acontece hoje. “Trata-se de um condomínio de empresas definidas por zoneamento. Que definia áreas específicas por tipos de indústrias. Mas o que se vê hoje é que esse zoneamento está distorcido, descaracterizado e misturado, principalmente na área do CIA Sul”, afirmou.

Marconi Andraos cobra do Governo do estado, através da Sudic, a efetivação de um novo Plano Diretor para a área, que estabeleça critérios para implantação de novas indústrias em áreas específicas. Mas chama atenção para o fato de que a prioridade agora deve ser a de manter os atuais empreendimentos. “Se não houve um reordenamento, com a implantação de um novo Plano Diretor, isso vai acabar”, afirma.

Comitê gestor
O Comitê Gestor do Centro Industrial de Aratu vai analisar quais medidas deverão ser adotadas para reverter a situação de degradação do CIA e que medidas deverão ser consideradas prioritárias em uma intervenção emergencial na sua infra estrutura. Ainda não há definição de data, segundo in formou a Assessoria de Comunicação do Superintendente da Sudic, Jairo Vaz, assim como definição de recursos, mas a partir dessa decisão conjunta essas intervenções irão acontecer até o final do ano.

O Comitê Gestor do CIA, foi criado a partir da revisão do Plano Diretor, em 2012 e tem com o objetivo promover a articulação e a integração dos órgãos e entidades da Administração Pública e Representação Empresarial, na construção e condução da Política Industrial da Bahia. O colegiado é formado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sudic, as prefeituras de Simões Filho e Candeias, onde está localizado o CIA, e as empresas com sua representação, através do Procia. A novidade da reunião é que o Cofic – Comitê Gestor do Polo Petroquímico de Camaçari também irá participar.

Plano Diretor
Em 2012 o Governo do estado, através da Sudic (Superintendência Desenvolvimento Industrial e Comercial) fez os estudos para a revisão do Plano Diretor do Centro Industrial de Aratu, a partir das perspectivas de desenvolvimento do setor industrial na Região Metropolitana de Salvador.

Dentre as propostas aprovadas na revisão do Plano Diretor, consta a implantação do Anel de Contorno de Candeias, num processo de articulação rodoviária com a BR-324 e a BA-522, através da implantação da Via Boneçu. A implantação da Via CIA Mataripe, com interligação entre a BR 324, BA 522 e BA 523. E a implantação da Via Jacarecanga, articulando a CIA Mataripe ao Canal de Tráfego (ligação com o Pólo Petroquímico de Camaçari) e, em sua continuidade, à Via Matoim e à BR 324, ao sul de Menino Jesus.

O Plano Diretor também prevê a implantação de Anel Portuário representado por via que contornará a Baía de Aratu, estabelecendo uma ligação mais rápida entre o CIA Norte (Candeias) e o CIA Sul (Simões Filho) e maior racionalidade e eficiência às áreas portuárias. E a implantação da Ferrovia Porto de Aratu Camaçari.

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