A polícia identificou o homem que foi morto dentro da empresa Vale, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta quarta-feira (2). Ele foi identificado como Manoel Francisco dos Santos Filho, 27 anos, conhecido como Binduca. Segundo a polícia, o suspeito foi baleado durante uma troca de tiros com os seguranças da empresa. O caso aconteceu por volta das 4h desta quarta (02), dentro da usina que fica na BA-093, em Simões Filho. Os suspeitos foram flagrados pelos seguranças tentando roubar materiais. A polícia também informou que é recorrente as tentativas de roubar cobre e pedras na empresa.
Moradores da região contaram que começaram a ouvir os disparos por volta das 4h. O crime aconteceu próximo ao almoxarifado da empresa, localizado na parte do fundo da Vale. Binduca invadiu a usina com o rosto coberto por um pano para não ser identificado.
Ao Simões Filho Online a Vale informou já ter conhecimento do caso. A empresa, através de nota, confirmou que os vigilantes identificaram invasores armados e, ao fazer uma abordagem, houve troca de tiros, resultando em uma vítima, que morreu no local. A empresa acionou uma equipe da Cipe/Polo e uma viatura da 22ª Companhia Independente da Polícia Militar (Simões Filho), que ao chegar ao local constatou a veracidade do fato.
Evanilde Silva, esposa de Manoel Francisco, afirmou que viu o marido pela última vez na noite de segunda (1º). Segundo ela, ele saiu a noite dizendo que ia voltar para casa, mas não retornou. A partir desse momento, ela começou a ficar preocupada e começou a ligar para o celular de Manoel, mas o mesmo não atendia. O corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Salvador.
Os funcionários da Vale envolvidos na troca de tiros já foram identificados. O delegado de Simões Filho Rogério Ribeiro, informou que a polícia ainda investiga se houve realmente a troca de tiros. “Houve essa suposta troca de tiros. Mas não foi encontrada arma alguma perto dele. Já intimamos os seguranças da Vale, para ver quem atirou”, afirmou.
A área onde aconteceu a troca de tiros não tem câmeras de monitoramento. Ainda segundo o delegado, foi instaurado um inquérito para investigar a sequência de roubos que vêm acontecendo na usina nos últimos meses. “Essas pessoas são da comunidade e agem da mesma maneira: pulam muro, entram pela mata e quebram muro e subtraem pequenas porções e juntam em determinado local para vender a um receptador”, explicou o delegado.
Ainda por meio de nota, a Vale informou que a empresa continua funcionando normalmente e que toda a investigação sobre o que aconteceu está sendo conduzido pela 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho. “A Vale está dando todo o suporte necessário às investigações policiais”, diz nota.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, diligências estão sendo realizadas para encontrar outros suspeitos que tenham participado da ação. As armas dos seguranças da Vale foram recolhidas para perícia. O caso foi registrado na 22ª Delegacia (Simões Filho).
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