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A população está sofrendo em Simões Filho: Medicamentos nos postos só depois da festa

Farmácias Básicas da Secretaria Municipal de Saúde estavam fechadas nesta sexta-feira (03/11) | Foto: Débora Souza/Simões Filho Online

Na última semana, a reportagem do Simões Filho Online, mostrou o drama de pessoas que todos os dias saem de suas casas em busca de medicamentos. De lá para cá, nada mudou. Um site local, de forma relâmpago, chegou até mesmo divulgar que a prefeitura efetuou a aquisição de R$ 1,4 milhão (um milhão e quatrocentos mil reais) em medicamentos e que o abastecimento de remédios estaria normalizado na rede pública do município. Puro engano.

Para um jornalista, uma das pautas mais fáceis de serem realizadas é aquela que aborda a falta de medicamentos em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de Simões Filho. O segredo é simples: esperar alguns minutos na porta, e logo começam a surgir os primeiros relatos.

As queixas se espalham nos postos e em todas as Farmácias Básicas da Secretaria Municipal de Saúde. Esta última, estava fechada nesta sexta-feira (03/11), conforme constatou a reportagem do Simões Filho Online. Quem procurou o local na esperança de verificar a existência de alguma medicação, se decepcionou mais uma vez. Esse é o caso de dona Lurdes, moradora do Bairro Ponto Parada. Ela procurou a farmácia básica para tentar conseguir um medicamento para o seu neto de apenas seis meses, que estava com febre alta, contudo, voltou para sua residencia de mãos vazias.

Sem previsão

A dona de casa Edineuza Conceição, 64 nos, está entre os moradores prejudicados pelo desabastecimento. Os remédios de que precisa não estão disponíveis e ela chegou a cortar despesas básicas para tentar adquirir os itens na farmácia particular para seu pai que está doente. “Ele é hipertenso e diabético, sem os remédios ele pode correr risco de morrer”, conta.

A dona de casa que se identificou apenas como Fernanda também passa por essa situação. Ela conta que na última terça-feira (31/10), foi até a farmácia básica do Marta Alencar e não conseguiu a medicação que precisava. “Fui ao Marta Alencar e nem dipirona tinha e é um remédio de custo baixo. Agora pergunto, isso pode acontecer?”, questiona.

O filho de Eva Souza, de apenas cinco meses de idade, também tem sofrido com o descaso na saúde publica do município. Eva tentou vacinar o filho algumas vezes, mas não conseguiu devido a falta de agulhas. “Os postos estão sem agulhas para vacinar os bebês. Vou ter que ir a Salvador, porque ele já não tomou de quatro meses e agora completou cinco meses e nada de agulhas“, relata.

Foto: Débora Souza/Simões Filho Online

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