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Suspeito de matar aluno da Marinha muda versão do crime

Homem disse inicialmente que matou por ciúmes, mas mudou versão. | Foto: Reprodução

O suspeito de matar o aluno da Marinha Marcos Paulo Lira Nunes no último domingo (17) mudou a versão da motivação do crime, em depoimento à polícia, e confessou que esfaqueou a vítima porque ele teria reagido após anúncio do assalto. Crispiniano Santos da Silva, de 23 anos,tinha afirmado inicialmente que matou o aprendiz de marinheiro por ciúmes, porque a vítima teria ficado com sua namorada.

A titular da 1ª Delegacia de Homicídios, Mariana Ouais, disse, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (19), que a polícia suspeitou da versão de crime passional e o suspeito acabou confessando o roubo seguido de morte, o que confirmava as primeiras informações recebidas pela polícia. Ela afirma que Crispiniano mentiu porque a pena de latrocínio, roubo seguido de morte, é maior do que a de homicídio.

“Ele é contumaz de assalto na região. A gente viu que isso [crime passional] era impossível. Nos últimos minutos, ele mudou a versão”, conta Mariana. Segundo a delegada, Crispiniano já passou por 16 internamentos quando era menor e praticava assaltos desde os sete anos.

Na apresentação, Crispiniano alegou que matou Marcos porque queria roubar o celular da vítima, mas o aluno da Marinha teria reagido e segurado sua mão. “Ele [Marcos] reagiu e eu não ia morrer também. Ele segurou a minha mão e veio me dar murro. Eu dei [facada] no braço e acabou atingindo a cabeça também. Ele reagiu ao assalto e a única coisa que tinha era matar. A casa caiu. Fazer o quê? Eu já sabia que ia ser preso. Foi melhor que morrer”, disse.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou a Crispiniano após denúncia anônima, que indicou que ele estava na praça em frente ao Shopping da Bahia, em Salvador, próximo ao local do crime. Em depoimento à polícia, Crispiniano contou que prativa assaltos na região junto com mais dois comparsas.

De acordo com a titular da 16ª Delegacia Territorial, na Pituba, Maria Selma Lima, a polícia já identificou um deles, Alex José da Conceição, conhecido como “12 dedos” e busca o segundo, conhecido como “Chuck”.

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