“A gente fica numa agonia, sem saber se a pessoa está viva, morta, se vai voltar. Ele era um bom pai, um avô carinhoso, um pai que fazia o que podia para gente não passar fome, era uma ótima pessoa e desapareceu. A gente sente essa dor até hoje”. A dona de casa Elaine Bonfim, 35, tenta explicar com palavras o que é o terrível sentimento de não saber o paradeiro de um familiar. Há 15 anos, ela e outra duas irmãs, Tamires e Joana, esperam por notícias do gari Rosalino Muniz Bonfim, 58, que desapareceu no dia 13 de outubro de 2004, após passar o dia trabalhando como gari pela Prefeitura Municipal de Simões Filho (BA), onde ele foi visto pela última vez. [Veja vídeo mais abaixo]
O vereador Manoel Carteira, que na época era gari, foi uma das última pessoas que teve contato com seu Rosalino no dia que ele desapareceu – eles trabalham juntos. “Ele trabalhou naquele dia e não retornou mais”, lembrou Manoel.
Ele morava sozinho em uma casa de aluguel localizada no bairro Km 30, em Simões Filho (BAHIA), na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e sempre que podia visitava as filhas no Bairro de Mapele. Rosalino não sabe, mas atualmente ele tem 16 netos. Quando sumiu em 2004 tinha apenas três e sempre foi referencia de amor e cuidado na família.
No caso de Rosalino, depois de registrar o boletim de ocorrência e ir até a delegacia para informar sobre o desaparecimento do pai, as filhas fizeram uma via-sacra para tentar achá-lo. “Procuramos em vários lugares possíveis para gente, mas ninguém, até hoje, tem pistas e informações sobre o paradeiro dele”.
Agora, 15 anos depois do sumiço gari, o que resta para Elaine, Tamires e Joana é o sofrimento e o desamparo. “Quem ver meu pai, procure a gente. A gente sente muita falta dele, meu pai era tudo”, lamentou Tamires.
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Reportagem da TV Bahia exibida no Bahia Meio Dia
Lamentavelmente, o sofrimento das irmãs Elaine, Tamires e Joana encontra paralelo ao de outras muitas famílias simõesfilhense. Como no caso do mototaxista Pedro Henrique Luz Nunes, que saiu de casa para se encontrar com um amigo, no bairro KM-25, e desapareceu sem deixar nenhum vestígio no dia 8 de fevereiro de 2018. Na época, ele tinha 20 anos e morava com a mãe Joana Darc Luz, de 37 anos, o padrasto e dois irmãos. Apesar do tempo que passou, o mistério continua. Moto, corpo, celular, documentos, nada pertencente a Pedro e que estava com ele naquela noite foi encontrado até hoje.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de seu Rosalino entre em contato pelo WhatsApp 71 98652-3364
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