A morte cerebral foi detectada na última segunda-feira (31) – dia da virada de ano – mas a família não permitiu que os aparelhos fossem desligados, de acordo com informações de um funcionário da unidade de saúde onde ele estava internado. No entanto, nesta quarta-feira (03/01), os aparelhos que mantinham seu organismo funcionando artificialmente foram desligados, como mandam os procedimentos padrões.
O diagnóstico foi feito por médicos diferentes, seguindo uma lista de critérios determinado pela Academia Brasileira de Neurologia e baseada em protocolos internacionais. Alguns exames também foram realizados num período de 48 horas, mas o jovem não reagiu. Sendo assim, o corpo de Diego foi liberado pelo hospital e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia. Após o procedimento, o corpo foi liberado para a família realizar o sepultamento, que deve acontecer nesta quinta-feira (03/01), no cemitério São Miguel de Cotegipe, no bairro Ponto de Parada.
O Espancamento
O luta de Diego pela vida teve início na madrugada da última sexta-feira (28/12). O jovem estava acompanhado de um amigo, quando passou pela Rua A, e foi atacado. O amigo conseguiu fugiu, mas Diego acabou sendo espancado.
Em nota, a 22ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) informou que os policiais militares foram chamados e no local do crime já encontraram o rapaz agonizando. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionada.
Segundo a PM, ele deu entrada no hospital com vida, apresentando graves lesões e traumas na face. Inicialmente, Diego foi levado ao Hospital Municipal de Simões Filho (HMSF), mas devido a gravidade dos ferimentos, teve de ser transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde o jovem acabou não resistindo e teve morte cerebral.
Diego residia no bairro Simões Filho 1 e era sobrinho da cantora simõesfilhense Marilia Maia. Uma moradora do bairro, que conhecia o rapaz, disse que ele estava muito debilitado. “Foi muita perversidade que fizeram com ele. Ele estava muito machucado. Estou muito triste”, conta.
O Caso foi registrado no Plantão. Policiais da 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho devem investigar a morte do rapaz.
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Morte cerebral – Morte cerebral, também conhecida por morte encefálica, consiste na perda irreversível e total da atividade neurológica do cérebro e do tronco cerebral. Quando os médicos declaram oficialmente a morte cerebral de determinada pessoa, significa que não há cura ou volta para a sua recuperação.
A pessoa com morte cerebral pode ter seu coração ainda batendo por algum tempo, mas ela não é mais capaz de respirar nem digerir comida sem a ajuda de aparelhos e não possui chances de se recuperar. São feitos, ao menos, três exames para constatar a perda irreversível do funcionamento dos órgãos.