Os trabalhadores e as trabalhadoras químicas na região metropolitana de Salvador aceitaram a proposta da empresa: readmitir os dois trabalhadores dispensados por justa causa – um por comer banana no banheiro e outro por ser sindicalista -, fornecer café da manhã para os trabalhadores que entram ao trabalho ainda de madrugada, não descontar os dias parados na greve.
Além desses pontos, foi firmado o compromisso de manter uma comissão permanente para encaminhar outras pautas dos trabalhadores como o fim do assédio moral, o pagamento dos vales transporte e alimentação e das horas-extras, e a revisão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Foi uma greve vitoriosa”, afirmou emocionado o secretário de Imprensa Sindiquímica-BA, Alfredo Santos Júnior, já na sala do Ministério do Trabalho para a homologação do acordo.
“A gente já tinha a compreensão de que não ia resolver todos os problemas em uma reunião e ainda durante a greve, mas para uma empresa que não aceitava nem negociar, já é uma vitória”, destacou.
“Para o movimento sindical, que vem sendo brutalmente atacado nos últimos tempos, a readmissão do sindicalista é uma grande vitória política”, completou Alfredo, que também é secretário de Administração e Finanças da CUT Bahia.
Para ele, esse acordo manda um recado para o Poder Judiciário: “Se não estão reconhecendo a estabilidade do diretor sindical na Justiça, a gente vai impor na luta. Se demitir sindicalista a gente para o trabalho e obriga a empresa a reconhecer a estabilidade, que é um direito legal”.