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Grávida no setor da saúde pode ter salário em casa com adicionais

Grávida no setor da saúde pode ter salário em casa com adicionais
Grávida no setor da saúde pode ter salário em casa com adicionais

Grávida no setor da saúde pode ter salário em casa com adicionais.

Desde setembro, empresas com exposição a agentes insalubres são obrigadas a realocar grávidas e lactantes para setores mais seguros. O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, em maio, que essas trabalhadoras, o que inclui a saúde, não podem seguir na atividade, independentemente de autorização médica ou do nível de insalubridade.

A decisão respondeu a pedido da Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos, e anulou alteração criada pela reforma trabalhista, que previa o afastamento só para casos com recomendação médica. O acórdão saiu em 25 de setembro e, com a regra valendo, hospitais e clínicas estão sem saber o que fazer.

A Federação de Hospitais, Clínicas e Laboratórios em São Paulo diz que a maioria não tem como cumprir a norma –ou as trabalhadoras seguirão em área com algum nível de exposição ou ficarão em casa, com salário e adicionais.

As entidades que representam esses estabelecimentos buscam orientação oficial do governo federal. A CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde) se reuniu com Rogério Marinho, secretário de Previdência e Trabalho, e com o presidente do INSS, Renato Vieira. O Ibross (instituto das organizações sociais de saúde) cobrou explicações do INSS.

Parte do dilema ocorre por falta de detalhes da decisão. O INSS disse que o STF só “declarou inconstitucional a exigência do atestado médico para fins de afastamento no trabalho”, sem falar sobre o pagamento.

O salário-maternidade é pago a partir de 28 dias antes do parto, por quatro meses. Na gravidez de risco, o INSS dá o auxílio-doença.

Para a CNSaúde, é importante o INSS confirmar que o afastamento antecipado representará a concessão do salário-maternidade por mais tempo, podendo chegar a 13 meses. O benefício é pago pela empresa, com compensação tributária.

Sem essa confirmação, o presidente da confederação, Breno Monteiro, prevê a necessidade de manter as trabalhadoras em casa, com salário e adicionais.

Afastamento

A recomendação das entidades a hospitais, clínicas e laboratórios é que a lei seja cumprida e as gestantes e lactantes, afastadas. Se o INSS definir que o afastamento não dá salário-maternidade, a CNSaúde não descarta buscar a Justiça.

A AGU (Advocacia-Geral da União) foi ao STF tentar suspender a decisão. O julgamento pode acabar até sexta (8). O ministro Alexandre de Moraes votou contra.

Fonte: Folhapress

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