A vítima, Lilian dos Santos, teria ingerido certa quantidade de veneno para rato [chumbinho] dentro do apartamento onde morava. A cena foi presenciada pela própria filha de apenas 10 anos de idade.
De acordo com informações de testemunhas, após ingerir o chumbinho, Lilian teria escondido a chave da porta da casa para que a filha não chamasse os vizinhos. Os familiares informaram que o mulher, que sofria de transtornos mentais, já havia tentado se matar outras vezes.
Não há informações sobre o que levou Lilian a ingerir veneno. O sepultado deve acontecer na manhã desta segunda-feira (11/6).
Chumbinho
Apesar de ser proibido, o chumbinho continua sendo vendido na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e, consequentemente, muitos envenenamentos continuam a ocorrer. O produto, usado para matar ratos, é facilmente encontrado não só em Simões Filho, como em outras cidades da RMS.
Conforme os especialistas, o chumbinho não tem gosto ou cheiro, o que aumenta o risco de ingestão acidental, principalmente por animais e crianças. Segundo os médicos, a substância provoca a inibição de uma enzima no organismo. A falta destas enzimas provoca falta de ar, diarréia, cólicas, perda de urina, excesso de suor, alteração do nível de consciência que, se não tratados a tempo, podem ocasionar o óbito.
Quem vende este tipo de veneno comete um crime contra a saúde pública, com pena que vai desde multa até três anos de prisão. A loja também pode ser fechada. Como o produto é vendido de forma clandestina, a vigilância sanitária, que fiscaliza este setor, depende de denúncias da população para poder agir.
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